Apesar da absurda incapacidade do Governo Federal, ele enfim conseguiu aprovar o seu principal projeto: o desmonte da Previdência Social. Mas será que os defensores da reforma contaram para os brasileiros as reais consequências que o carro chefe do projeto ultraliberal que esta ai trará para cerca de 72 milhões de trabalhadores? Evidentemente que não!
Já é sabido que a campanha oficial apresentava “imprecisões” naqueles dados que visavam persuadir a população a aceitar PEC (Proposta de Emenda à Constituição), como foi constatado pelo professor de economia da Unicamp Pedro Paulo Zanluth Bastos. Tais falsificações ficaram evidentes quando o governo divulgou texto que surgiu como uma maneira de contornar os escândalos, em que lideranças da situação decretarem sigilo de dados em relação aos números da reforma.
Tantos segredos são necessários para esconder o caráter altamente elitista do desmonte que completa o seu curso nesta quarta-feira, 23. Questões como a unificação das duas exigências: a aposentadoria por tempo de contribuição e a por idade irá prejudicar principalmente os trabalhadores mais pobres. Mas como isso acontece?
Quando haviam duas alternativas para se aposentar, existia também o Fator Previdenciário, que dava descontos nos valores de aposentadorias antecipadas. Com a extinção da punição, a reforma esse dispositivo foi camuflado acaba ndo por retirar valores/porcentagens no salário do aposentado. Dessa forma, os trabalhadores com tempo de contribuição mínima – geralmente os mais pobres – terão um desconto de 40% em seus salários. Já os mais ricos, com maior capacidade contributiva, que conseguem completar 35 de trabalho, terão descontos de apenas 10%.
Privilegiando os mais abastados e punindo os economicamente mais vulneráveis, as contradições da Reforma da Previdência devem ser denunciadas. Além delas, os nomes daqueles que trabalharam e possibilitaram a sua implementação também devem ser expostos. Já aqueles que se posicionaram contra devem ser lembrados.
Assim fizemos uma lista, que apresenta como votou cada senador. Confira abaixo.
A favor do fim de Previdência Social:
Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
Alvaro Dias (Podemos-PR)
Angelo Coronel (PSD-BA)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Arolde de Oliveira (PSD-RJ)
Carlos Viana (PSD-MG)
Chico Rodrigues (DEM-RR)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Confúcio Moura (MDB-RO)
Daniella Ribeiro (PP-PB)
Dário Berger (MDB-SC)
Eduardo Braga (MDB-AM)
Eduardo Girão (Podemos-CE)
Eduardo Gomes (MDB-TO)
Elmano Férrer (Podemos-PI)
Esperidião Amin (PP-SC)
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)
Flávio Arns (Rede-PR)
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
Izalci Lucas (PSDB-DF)
Jader Barbalho (MDB-PA)
Jarbas Vasconcelos (MDB-PE)
Jayme Campos (DEM-MT)
Jorge Kajuru (Cidadania-GO)
Jorginho Mello (PL-SC)
José Maranhão (MDB-PB)
José Serra (PSDB-SP)
Juíza Selma (Podemos-MT)
Kátia Abreu (PDT-TO)
Lasier Martins (Podemos-RS)
Lucas Barreto (PSD-AP)
Luis Carlos Heinze (PP-RS)
Luiz do Carmo (MDB-GO)
Mailza Gomes (PP-AC)
Major Olimpio (PSL-SP)
Mara Gabrilli (PSDB-SP)
Marcelo Castro (MDB-PI)
Marcio Bittar (MDB-AC)
Marcos do Val (Podemos-ES)
Marcos Rogério (DEM-RO)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
Nelsinho Trad (PSD-MS)
Omar Aziz (PSD-AM)
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
Plínio Valério (PSDB-AM)
Reguffe (Podemos-DF)
Roberto Rocha (PSDB-MA)
Rodrigo Cunha (PSDB-AL)
Romário (Podemos-RJ)
Rose de Freitas (Podemos-ES)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (MDB-MS)
Soraya Thronicke (PSL-MS)
Styvenson Valentim (Podemos-RN)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (Pros-RR)
Vanderlan Cardoso (PP-GO)
Wellington Fagundes (PL-MT)
Zequinha Marinho (PSC-PA)
Contra o fim da Previdência Social:
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Cid Gomes (PDT-CE)
Eliziane Gama (Cidadania-MA)
Fabiano Contarato (Rede-ES)
Fernando Collor (Pros-AL)
Humberto Costa (PT-PE)
Irajá (PSD-TO)
Jaques Wagner (PT-BA)
Jean Paul Prates (PT-RN)
Leila Barros (PSB-DF)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-PA)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Renan Calheiros (MDB-AL)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB)
Weverton (PDT-MA)
Zenaide Maia (Pros-RN)
Não votou
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Ausente
Davi Pacheco (DEM – MG)