Em assembleia, categoria divulgou uma carta aberta à população e promete paralisação
Para reivindicar e debater o reajuste salarial e a realidade dos professores do município, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joaquim Nabuco (SINDSJON/PE) realizou, na terça-feira (28), uma assembleia extraordinária junto aos trabalhadores. Os profissionais pedem 7,65% de recomposição salarial como determinado em lei, transparência nas contas da cidade e assentos no Conselho Municipal de Educação e no Conselho do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
Durante a assembleia, uma carta aberta à população foi divulgada para denunciar “o fracasso da política educacional implantada” na cidade. De acordo com o documento, “desde janeiro, a gestão municipal vem apresentando aos educadores uma postura equivocada e caminha na contramão de qualquer possibilidade de avanços nos índices educacionais”. “Desde o início de sua gestão, o prefeito congelou os salários dos professores, fechou instituições de ensino e não vem administrando os recursos destinados à educação municipal de forma transparente e democrática. Estamos indo para o quarto mês da atual gestão e os professores ainda não receberam o reajuste de 7,65% conforme manda a lei do piso; não efetuou a mudança de faixa, acumulando retroativos de três meses em todo esse tempo”, diz a carta.
Sem acreditar que o prefeito Neto Barreto (PTB) irá atender às reivindicações dos professores, como o cumprimento do plano de cargos e carreiras, a categoria planeja uma paralisação para também protestar a favor de uma prestação de contas detalhada a respeito da utilização das verbas educacionais e de um maio espaço de controle social.
“Paralisar aulas na cidade é muito mais que uma ação corporativista ou voltada apenas para defender os direitos da categoria, pelo contrário, a pauta que apresentamos é maior que isso. Estamos aqui para defender uma educação pública, democrática e de qualidade. Do jeito que está não dá! O povo merece respeito! ”, destaca o SINDSJON/PE.