Central defende corte mais acelerado na Selic para auxiliar na retomada econômica
O corte de apenas 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira (30), é insuficiente e mantém os juros no Brasil em um patamar ainda muito elevado, na avaliação da Central dos Sindicatos Brasileiros. Para a CSB, a taxa básica de juros na casa dos 13,75% é prejudicial para a economia do País e dificulta ainda mais a saída da crise.
Na avaliação da entidade, a manutenção dos juros elevados dificulta o acesso ao crédito tanto por parte de empresas como também para os trabalhadores, além de colaborar para o estrangulamento de companhias que já estão endividadas e tornar mais lento o seu processo de recuperação, prejudicando, com isso, a retomada da atividade econômica e a geração de empregos.
Os juros altos interessam apenas aos banqueiros e ao rentismo. Enquanto, de um lado, a cobrança elevada de juros consome boa parte da renda das famílias que estão endividadas neste período de crise, de outro, ela se torna uma fonte de ganhos para aqueles que se beneficiam da especulação financeira.
A CSB entende que o Banco Central precisa agir de forma mais ousada para tornar mais rápida a redução da Selic. A diminuição expressiva dos juros poderá colaborar para uma reativação mais acelerada da economia, dar fôlego para as empresas e para as famílias brasileiras, além de ajudar que milhões de desempregados consigam reencontrar o seu merecido espaço no mercado de trabalho.
Central dos Sindicatos Brasileiros