“Ouvi aqui afirmações patrióticas, da dignidade brasileira”, afirma José Augusto Ribeiro

Jornalista e escritor participou de painel sobre a herança de Getúlio no Seminário de Formação Política da CSB e lançou a trilogia A Era Vargas

O Seminário Nacional de Formação Política da CSB encerrou em grande estilo com o painel de debates “Os herdeiros de Vargas”. José Augusto Ribeiro, jornalista e autor da trilogia A Era Vargas, foi um dos protagonistas e se emocionou com o caráter nacionalista de todo o Seminário, que debateu em vários níveis a herança de Getúlio para o País.

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“Ouvi aqui afirmações patrióticas, da dignidade brasileira. Então baixou aqui o espírito do ‘não’ que os gregos disseram no referendo. Nós também queremos viver com dignidade”, disse visivelmente emocionado. O patriotismo, o sentimento de justiça social e os ideais de luta pelo desenvolvimento do Brasil, tão defendidos por Vargas, foram lembrados pelo jornalista.

Segundo ele, a justiça social precisa de desenvolvimento, e este carece de soberania para enfrentar os interesses de grupos nativos ou estrangeiros. “O primeiro ato de Getúlio foi criar o Ministério do Trabalho e iniciar as leis trabalhistas. E isso não seria possível sem o desenvolvimento da economia brasileira”, recordou. “Vargas deixou as conquistas num conjunto coordenado, harmônico, porque ele tinha uma visão de Brasil que pertence ao nosso futuro. E precisamos voltar a isso”, completou.

Sobre as ameaças do capital especulativo internacional, o jornalista lembrou que Getúlio já enfrentava as investidas dos interesses privados e internacionais nas estatais brasileiras. “Naquela época, todo mundo era levado a crer que existia petróleo no Brasil, e havia uma ‘farra’ de concessões a multinacionais. Sabiam das reservas do petróleo brasileiro e queriam levar isso para os Estados Unidos. Vargas disse que qualquer concessão na área petrolífera não seria concedida a multinacionais”, explicou Ribeiro sobre o legado patriota e de defesa da soberania nacional deixado pelo ex-presidente.

Trilogia

A CSB promoveu, após o Seminário, o lançamento da trilogia A Era Vargas e uma sessão de autógrafos com José Augusto Ribeiro. Para o autor, lançar a obra representa, de um lado, o resgate de um passado nacional. “Esse passo nos tirou da condição de país semicolonial para a condição de um país industrializado e que chegou a ser a sexta economia do mundo. Mas, representa, também, uma perspectiva de futuro. Porque aquilo que havia lá do passado está se repetindo”, disse o autor.

Ribeiro afirma ainda que estar em São Paulo para o lançamento é igualmente representativo, uma vez que em 9 de julho completam-se 83 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, levante da elite paulista que queria tirar Vargas do poder. Segundo o escritor, apesar da oposição das classes privilegiadas, Vargas tinha o apoio do povo.

Para o autor, lançar o livro no estado paulista acaba por fazer justiça ao legado que Vargas deixou para São Paulo, contribuindo para a preservação da economia, tanto na época em que a base econômica era o café como no processo de industrialização do estado. “Quando houve a Revolução de 30, as elites de São Paulo não entenderam que aquilo não era contra São Paulo, aquilo era a favor do Brasil, portanto também a favor de São Paulo. As elites não entenderam, mas o povo entendeu”, declarou.

O autor destaca também a parceria com a CSB, que apoiou o lançamento da obra. “Fazer isto na antevéspera daquele equívoco que foi a Revolução de 1932 é uma coisa auspiciosa, porque o caminho do nosso futuro passa pelas ideias do presidente Getúlio”, afirmou. “A CSB tem uma posição de vanguarda nesta questão porque entendeu que existe junto da nossa questão social, da nossa enorme dívida social, uma questão nacional”, finalizou José Augusto Ribeiro.

Veja a galeria de fotos do Seminário Nacional de Formação Política da CSB

Assista à integra do painel “Herdeiros de Vargas” no vídeo abaixo:

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