O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária (SENAES), lançou nesta quarta-feira (14) um livro sobre economia solidária digital, em evento na biblioteca da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), em Brasília.
O livro é um projeto conjunto com o Laboratório de Pesquisa DigiLabour e a Fundação Rosa Luxemburgo e pode ser baixado gratuitamente na biblioteca digital da Fundação (BAIXE AQUI). A publicação apresenta, em linguagem fácil e com exemplos práticos, possibilidades de articulação entre economia solidária e economia digital.
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Em contexto de aplicativos e plataformas, a obra apresenta alternativas que considerem governança democrática, dados para o bem comum e tecnologias governadas pelas comunidades. Essas iniciativas podem ser fomentadas em diversos setores, como transporte de pessoas e mercadorias, cultura, tecnologia, trabalho de cuidados e agricultura familiar.
O livro servirá de formação para trabalhadoras e trabalhadores, servidores públicos e agentes da economia popular e solidária que queiram se atualizar no assunto.
De acordo com Adriana Brandao, da Senaes, a realização desta publicação sinaliza que o governo federal está antenado nas tendências para um futuro do trabalho que considere dignidade e sustentabilidade. Para ela, a partir desta perspectiva, “é possível desde a oferta de plataformas de cooperativas a pessoas trabalhadoras de determinado setor, como também organizar digitalmente a economia de um território em uma lógica cooperativista”.
Para Rafael Grohmann, diretor do DigiLabour e um dos coordenadores do livro, “a publicação demonstra que o Brasil tem tudo para ser um líder global em políticas para uma economia digital mais sustentável”. Conforme Daniel Santini, da Fundação Rosa Luxemburgo, a obra é a concretização de um caminho coletivo, “nos últimos anos, fizemos publicações e seminários com movimentos sociais, trabalhadores e acadêmicos em torno desta temática. Nos baseamos e valorizamos as tradições latino americanas de economia solidária e tecnologias livres”.