Vigilantes que prestam serviço às agências bancárias em Itaguaí (RJ) entraram em greve ontem. No primeiro dia, a paralização teve adesão de 50% da categoria, prejudicando o funcionamento das agências dos bancos Santander, HSBC, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Muitos clientes foram pegos de surpresa, o que provocou revolta e indignação. Apenas o Itaú segue com as atividades normalmente. Nas outras instituições, atendimentos só nos caixas eletrônicos.
Segundo informou o Sindicato dos Vigilantes de Itaguaí e Seropédica (Seesvit), entidade filiada à Central Sindical de Profissionais, o movimento grevista deve durar 48 horas, podendo ser prorrogado por igual período. Por conta da greve, ontem um funcionário do Banco do Brasil passava informações aos clientes do lado de fora da agência.
De acordo com o presidente do Seesvit, Itamar Oliveira, a categoria reivindica reajuste no salário de 14% e tíquete-refeição diário de R$ 16. Atualmente, o salário base é de R$ 864 e o tíquete de R$ 8,20. Os trabalhadores pedem também a permanência do acordo do risco de vida, que diz respeito a 30% de periculosidade, que estava sendo pago parcelado. “Estamos nessa empreitada em busca de melhorias para a categoria. As empresas querem oferecer reajuste de 5%. É muito pouco”, destacou o presidente do sindicato, acrescentando que a greve dos vigilantes em Itaguaí é um ato histórico. “Há 19 anos estou à frente do sindicato e essa é a primeira vez que a categoria reivindica por melhores salários. Essa é uma conquista do sindicato e da categoria, que envolve nessa região 3,6 mil profissionais. Demorou, mas o filho nasceu. Essa greve tem que ter resultado”, completa.
Itamar Oliveira disse ao ATUAL que nesta segunda-feira os vigilantes das agências em Seropédica aguardavam a massificação da greve, para que, posterirormente, aderirem ao movimento. “Também recebemos o apoio do Sindicato dos Bancários para que a paralisação ocorra de forma tranquila e pacifica”, disse Itamar.
O presidente do sindicato esclarece que, hoje, às 16h, está marcada uma mesa redonda na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) em busca de um entendimento.
Fonte: Jornal Atual