Vigilantes que prestam serviço às agências bancárias em Itaguaí (RJ) entraram em greve ontem. No primeiro dia, a paralização teve adesão de 50% da categoria, prejudicando o funcionamento das agências dos bancos Santander, HSBC, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Muitos clientes foram pegos de surpresa, o que provocou revolta e indignação. Apenas o Itaú segue com as atividades normalmente. Nas outras instituições, atendimentos só nos caixas eletrônicos.

De acordo com o presidente do Seesvit, Itamar Oliveira, a categoria reivindica reajuste no salário de 14% e tíquete-refeição diário de R$ 16. Atualmente, o salário base é de R$ 864 e o tíquete de R$ 8,20. Os trabalhadores pedem também a permanência do acordo do risco de vida, que diz respeito a 30% de periculosidade, que estava sendo pago parcelado. “Estamos nessa empreitada em busca de melhorias para a categoria. As empresas querem oferecer reajuste de 5%. É muito pouco”, destacou o presidente do sindicato, acrescentando que a greve dos vigilantes em Itaguaí é um ato histórico. “Há 19 anos estou à frente do sindicato e essa é a primeira vez que a categoria reivindica por melhores salários. Essa é uma conquista do sindicato e da categoria, que envolve nessa região 3,6 mil profissionais. Demorou, mas o filho nasceu. Essa greve tem que ter resultado”, completa.
Itamar Oliveira disse ao ATUAL que nesta segunda-feira os vigilantes das agências em Seropédica aguardavam a massificação da greve, para que, posterirormente, aderirem ao movimento. “Também recebemos o apoio do Sindicato dos Bancários para que a paralisação ocorra de forma tranquila e pacifica”, disse Itamar.
O presidente do sindicato esclarece que, hoje, às 16h, está marcada uma mesa redonda na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) em busca de um entendimento.
Fonte: Jornal Atual







