Encontros e reuniões pautaram a mobilização da Central na Casa; Entidade se organiza para a Marcha de Brasília na próxima semana
Para impedir que as propostas de retrocessos nos direitos dos trabalhadores entrem efetivamente em curso no País, a CSB está mobilizada desde a terça-feira (09) no Senado com o objetivo de debater a reforma trabalhista e alertar os parlamentares sobre a ameaça que o projeto representa à sociedade brasileira. O presidente da Central, Antonio Neto, e dirigentes da Entidade estão em Brasília na luta contra a aprovação da proposta.
Na manhã desta quarta-feira (10), Neto participou de uma audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Sociais e Assuntos Econômicos (CAS e CAE) da Casa, que contou com a presença de autoridades, especialistas e da senadora Marta Suplicy, para a qual o presidente da CSB levou as questões importantes acerca da reforma. Em reunião com o senador Hélio José (PMDB/GO), o parlamentar se dispôs a trabalhar contra a retirada de direitos dos trabalhadores.
Durante o encontro com o senador Roberto Requião (PMDB-PR), realizado à tarde, no gabinete do parlamentar, o congressista afirmou que a reforma “tem que ser combatida de qualquer maneira”. “Tem que ter guerra. É o fim do mundo”, criticou. Requião afirmou ainda que “essa é a hora de ocupar as ruas, ocupar, ocupar e ocupar”. “Ir para o confronto. Não tem outra posição”, completou enfatizando que “ao invés de modernização, houve um brutal recuo ao século 19”.
Articulação
Nesta terça-feira, a CSB já havia se reunido com os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá para levar aos parlamentares os pontos negativos do projeto. Na ocasião, Calheiros se comprometeu a debater o tema e atuar pelos trabalhadores na Casa (leia matéria especial).
De acordo com Neto, o momento é de união e mobilização em torno das lutas para evitar o fim da carteira assinada, do FGTS, do 13º salário, entre outros benefícios conquistados pela classe trabalhadora ao longo da história do País. “Não nos resta outra alternativa a não ser o corpo a corpo, o debate sério e o enfrentamento diante dessas ameaças. Não podemos permitir que os direitos trabalhistas dos brasileiros sejam extintos”, declarou o presidente.
Nas ações no Congresso, a CSB também foi representada pelo secretário de Organização e Mobilização, Itamar Kunert; pelo secretário de Comunicação, Alessandro Rodrigues, e pelo assessor parlamentar Ernesto Luiz Pereira.
Marcha
A Central convocou suas bases para a Marcha de Brasília, mobilização organizada pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência. O evento acontecerá no dia 24 de maio, com concentração a partir das 11 horas no Estádio Mané Garrincha (leia aqui).