Central dos Sindicatos Brasileiros

CSB participa do Fórum Sindicalismo em Ação da CNPL

CSB participa do Fórum Sindicalismo em Ação da CNPL

Evento promovido pela Confederação Nacional das Profissões Liberais debateu a unicidade sindical

A Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) realizou o Fórum Sindicalismo em Ação, em Brasília. O encontro teve como principais temas a unicidade sindical e autonomia e liberdade sindical.  O evento aconteceu no dia 27 de maio, data em que é comemorado o Dia do Profissional Liberal. No mesmo dia, há exatos 60 anos, a CNPL era reconhecida oficialmente pelo presidente Getúlio Vargas.

O presidente da CSB, Antonio Neto, representou a Central no debate sobre a unicidade sindical. Também participaram do encontro a CTB e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).  “Fazer parte desse evento é um orgulho para a CSB, já que representamos milhares de profissionais. Parabenizo a Confederação, que há 60 anos ajuda a construir um Brasil melhor”, disse o dirigente.

foto2

Os integrantes da mesa de debates defenderam de forma unânime o princípio da unicidade sindical, conforme disposto no artigo 8º da Constituição, que impede a existência de mais de um sindicato da mesma categoria dentro de uma mesma base territorial. Segundo Antonio Neto, é graças à atuação dos sindicatos que o trabalhador é representado junto às empresas e tem seus direitos dignamente observados. “Quando existe mais de um sindicato no município, isso divide os trabalhadores. Essa entidade passa a representar os associados, e não a categoria. O trabalhador perde a força na luta contra os empresários”, explica.

Os defensores do pluralismo sindical argumentam que já existe a diversidade partidária e agora é necessário criar uma diversidade sindical. No entanto, o presidente argumenta que em um regime pluralista a viabilidade de uma entidade dependerá não só de sua representatividade na base, como muitos alegam, mas das alianças a grupos econômicos e governamentais. Daí que o interesse do trabalhador é colocado, no máximo, em segundo plano, e a prioridade dos sindicatos passa a ser a sua autoviabilização material e política. “Não podemos comprar partidos com sindicatos. Um partido representa os interesses de uma parcela da sociedade, já o sindicato representa toda uma categoria”, criticou Neto.

Contribuição Sindical

As contribuições são fundamentais para os sindicatos garantirem infraestrutura necessária para a informação dos trabalhadores, viabilizar as campanhas salariais, publicar anúncios em jornais, rádios e TV’s, promover  assistência jurídica, departamento médico e cursos profissionalizantes.

A Contribuição Sindical é compulsória (obrigatória) e deve ser recolhida anualmente, de uma só vez, e paga por todos aqueles que participem de uma determinada categoria econômica ou profissional.  É regulamentada pela CLT, no artigo 578. “Alguns parlamentares argumentam que o subsídio que o trabalhador oferece ao sindicato deveria ser voluntário ou que os sindicatos poderiam arrecadar verba por outros meios. No entanto, isso tiraria a autonomia das entidades na luta por melhores condições trabalhistas. O sindicato é uma entidade dos trabalhadores construída por trabalhadores. Debater a unicidade sindical e a contribuição é fundamental para a manutenção do movimento sindical. Eventos como esse fórum precisam acontecer mais vezes”, conclui Neto.