Central dos Sindicatos Brasileiros

CSB debate representação sindical dos servidores públicos no Conselho de Relações do Trabalho

CSB debate representação sindical dos servidores públicos no Conselho de Relações do Trabalho

Discussão na Câmara Bipartite Governo – Servidores Públicos foi promovida pelo Dieese

A CSB participou, no dia 2 de junho, de uma oficina da Câmara Bipartite Governo – Servidores Públicos do Conselho de Relações do Trabalho. A oficina técnica organizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi destinada a discutir e propor alternativas para regulamentar a organização sindical dos servidores públicos do Brasil.

Questões como representatividade e definição das categorias para fins de registro sindical estavam na pauta de debates. A comissão tem representantes de todas as centrais sindicais. A Central dos Sindicatos Brasileiros foi representada por Flávio Werneck, vice-presidente da Central e presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF), Cosme Nogueira, diretor da CSB e presidente da Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (FESERP-MG), Wagner Oliveira, diretor jurídico Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo de Mato Grosso (SINPAIG), Mauro José Pereira, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araçatuba e Região (SISEMA), Wesley Bastos, secretário-geral do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF), e por Itamar Kunert, diretor de organização e relações sindicais da CSB.

Para Flávio Werneck, o encontro foi fundamental para que a CSB definisse quais serão as diretrizes para a regulamentação da representação sindical dos servidores públicos.  “Há muitas coisas ainda a serem debatidas pelos representantes dos servidores, mas uma das coisas que precisamos definir, por exemplo, é o que é categoria, lembrando que cada área dentro do setor público tem suas especificidades, e a questão da representatividade. O modelo a ser apresentado tem de surgir da discussão com as bases, não pode ser imposto de cima para baixo. Na oficina, chegamos a algumas concepções de representações e mantemos o princípio da unicidade sindical ”, argumentou Werneck. Segundo o dirigente, essa discussão precede o debate sobre a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

De acordo com Cosme Nogueira, a oficina contribui para que as centrais sindicais integrantes da Câmara Bipartite Governo – Servidores Públicos pudessem alinhar a posição  sobre o tema representação sindical dos servidores públicos. “Cada central tem um pensamento com relação à definição da representatividade, de categoria, de forma de financiamento, de representação, mas temos em comum o objetivo de mostrar ao governo que não somos uma organização de segunda categoria, como querem nos tratar. Nós da CSB defendemos o sistema confederativo, a unicidade, e o financiamento compulsório. Temos a responsabilidade de definir o que é o melhor para a categoria profissional dos servidores públicos brasileiros”, afirmou.

O setor público é uma categoria diferenciada, que passa a ter o direito à representatividade sindical só após da Constituição Federal de 1988, explica Nogueira. “Existem muitos pontos que precisam ser discutidos com o governo, como o custeio das entidades, liberação dos dirigentes, o direito de greve e a Convenção 151.  São questões que estão há muito tempo paradas no Congresso e precisam ser resolvidas com urgência. Os servidores precisam estar unidos e têm que se manifestar para que essas questões levantadas sejam regulamentadas”, avaliou o diretor da CSB.

Após esta oficina, os representantes da CSB e demais centrais irão se reunir no dia 16 de junho com representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, para  levar ao governo a proposta de organização sindical dos servidores públicos.