Centrais pedem apoio ao ministro do Trabalho para veto ao PL da terceirização

Entidades também discutiram Reforma Trabalhista e escolha de delegados da OIT

Em reunião realizada nesta quarta-feira (29), em Brasília, quatro centrais sindicais – CSB, Força Sindical, UGT e NCST – pediram apoio ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, na luta pelo veto presidencial ao Projeto de Lei sobre a terceirização (PL 4302/98), já aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

“Pedimos ao presidente Michel Temer veto total ao texto da Câmara, para que o projeto do Senado, que contempla garantias aos trabalhadores, possa avançar”, afirmou o presidente da CSB, Antonio Neto.

O ministro afirmou que a Casa dará o parecer técnico sobre a matéria nos próximos dias. “Nossa intenção é de sugerir alguns vetos a esse PL, principalmente alguns pontos que vêm de confronto com a proposta que trata sobre o trabalho temporário, até para que o Ministério do Trabalho seja coerente com sua proposta encaminhada”, pontuou.

Durante o encontro, as centrais também entregaram ao ministro propostas de aprimoramento ao projeto da Reforma Trabalhista (PL 6787/2016). Em linhas gerais, os dirigentes reforçaram a importância do fortalecimento da organização sindical no local de trabalho e da defesa dos direitos dos trabalhadores. O documento, assinado com o Ministério do Trabalho, será finalizado em nova discussão na próxima terça-feira (4).

Além disso, o presidente da CSB chamou a atenção para o modelo atual de rodízio da delegação da Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Tem sido feito um rodízio entre CUT, Força e UGT, e as outras três nunca entram no rodízio, nós somos excluídos. Eu gostaria de fazer um protesto para mudarmos isso”, disse.

A posição da CSB pela alternância democrática na escolha do delegado foi apoiada pelas centrais presentes e pelo ministro do Trabalho, que considerou coerente e justo que todas as centrais sindicais brasileiras participem como delegados.

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