CSB homenageia a categoria que ajuda a desenvolver a economia do Brasil e apoia a luta contra a lei que prevê o fim da profissão
Neste dia 20 de novembro, é celebrado o Dia do Técnico em Contabilidade. Lápis, papel, computador, calculadora e muitos números. Para tantas planilhas e balancetes, há sempre um técnico em contabilidade auxiliando os gestores nas questões burocráticas das empresas. O papel do profissional vem crescendo e ele já trabalha no assessoramento e consultoria em gestão, bem como no desenvolvimento e crescimento dos negócios.
O técnico em contabilidade fornece às empresas informações úteis para garantir desenvolvimento e crescimento. Ele cuida de toda a parte financeira, realizando a escrituração contábil e fiscal, registros e lançamentos contábeis de transações financeiras, cálculo de impostos, juros e taxas, acompanhamento de contas, receitas e despesas, elaboração de demonstrativos financeiros e balancetes, análise de contas patrimoniais e controle patrimonial, além de ser o responsável pela prestação de contas da instituição.
Segundo Luiz Sergio Lopes, presidente da Federação dos Contabilistas nos Estados do Rio, Espírito Santo e Bahia (Fedcont) e vice-presidente da CSB, contribuir para o desenvolvimento econômico também é uma função atribuída ao técnico contábil. “Esses profissionais são responsáveis pela movimentação financeira de uma empresa, orientam o empreendedor nas tomadas de decisões, dão suporte mercantil, fiscal e tributário. Tudo isso interfere na macro e na microeconomia brasileira”, disse.
Para exercer a profissão, os técnicos em contabilidade devem se submeter ao Exame de Suficiência, instituído em setembro de 2010 pela Lei n.º 12249. Aprovado na prova, o futuro profissional obtém o registro junto ao Conselho Regional de Contabilidade. De acordo com dados da Fedcont, o Brasil conta com 188 mil técnicos em contabilidade.
A importância do profissional de contabilidade tem crescido com os anos e também com a profissionalização e aperfeiçoamento. No entanto a categoria ainda é pouco valorizada por setores da sociedade e pelo governo, segundo Lopes. “São séculos de história. Nós, que somos profissionais dos números, damos sustentação e orientação a empresas que precisam do nosso conhecimento no fator mais complicado do mundo comercial, o dinheiro”, disse.
Reivindicações
De acordo Luiz Sergio, o fator mais relevante na pauta de reivindicações é a revogação da Lei 12.249, aprovada em 2010, que permite somente aos bacharéis em Ciências Contábeis exercer a profissão e se registrarem no Conselho Federal de Contabilidade (CFC). “A nossa grande missão é preservar a profissão do técnico em contabilidade. Caso essa lei entre em vigor em 2015, estaremos decretando a morte de boa parte da categoria dos contabilistas. Os técnicos tem um papel importante dentro do nosso universo. São quase duzentos mil cargos que não terão substitutos. Nós estamos na luta e iremos vencer”, afirmou Lopes.
A partir de 1 de junho de 2015, os técnicos em contabilidade não registrados e que não fizeram o exame do CFC serão proibidos de fazê-los, além de não poderem mais solicitar o registro nos conselhos regionais. “Essa norma significa o fechamento do mercado de trabalho e o cerceamento do exercício da profissão”, disse o presidente da Fedcont.
O dirigente acredita que a melhora na formação profissional, com instituições capacitadas no ensino técnico em contabilidade, é ferramenta importante para derrubar a proibição. “O reestabelecimento e a garantia do livre exercício do trabalho não podem ser violados. Isso destrói os interesses da sociedade brasileira e impede seus cidadãos de exercitarem a legítima escolha profissional”, concluiu Luiz Sergio Lopes.
A CSB parabeniza os técnicos em contabilidade do Brasil e lutará com a categoria contra o fim da profissão.