Em encontro com Lula, CSB pede empenho por isenção até 5 mil e lembra sobre PLR

Na tarde desta terça-feira (29), os presidentes das maiores centrais sindicais tiveram um encontro com o presidente Lula para entregar a ele a Pauta da Classe Trabalhadora 2025 (acesse aqui o documento), que lista os temas que são considerados prioritários pelo movimento sindical para garantir mais direitos e dignidade aos trabalhadores.

Dentre os pontos destacados pelas centrais, estão a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo sem as limitações do arcabouço fiscal, o empenho pela aprovação do projeto que isenta de Imposto de Renda salários até R$ 5 mil, a isenção de IR sobre a Participação nos Lucros e Resultados, a valorização dos servidores públicos com a regulamentação da Convenção 151 da OIT e o fim das privatizações.

LEIA: Plenária da Classe Trabalhadora em Brasília debate pautas que serão entregues aos Três Poderes

O presidente nacional da CSB, Antonio Neto, ressaltou a necessidade de empenho por parte do governo federal e mobilização da sociedade para a aprovação do projeto de isenção de IR até R$ 5 mil. Ele ponderou, no entanto, que a proposta não corrige totalmente a tabela do Imposto de Renda e lembrou que é preciso avançar em outros pontos nesta área com os quais o governo já se comprometeu, como a isenção da PLR.

“Recebemos com entusiasmo a notícia quando foi enviado ao Congresso o projeto de lei que isenta o Imposto de Renda até R$ 5 mil, mas não podemos esquecer que foi apenas o primeiro passo. Precisamos do máximo empenho do governo para que essa pauta avance e seja aprovada o quanto antes, e também manter todo o movimento sindical e a sociedade mobilizados para pressionar deputados e senadores para que votem logo o projeto e ocupem seu tempo com temas que realmente importam para melhorar a vida do povo brasileiro”, disse.

Lula reafirmou que defenderá as pautas das centrais no Congresso e que considera que já há um alinhamento de prioridades entre seu governo e o movimento sindical, uma vez que já foram apresentados e aprovados projetos que contemplam diversas reivindicações.

Numa fala de “mea culpa” voltada a Antonio Neto, Lula disse que, apesar de ter origem numa linha política antigetulista, a experiência lhe mostrou que foi Getúlio Vargas quem tirou o trabalhador de um regime de “semiescravidão” no Brasil ao criar a CLT, dobrar o salário mínimo e implementar outras medidas extremamente impopulares com a elite da época e que realmente transformaram a vida do povo brasileiro. Por isso, hoje vê semelhança entre os governos de Getúlio e os seus, citando a política de valorização do salário mínimo como exemplo.

Participaram também do encontro o vice-presidente, Geraldo Alckmin, os ministros Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macêdo (Secretaria Geral da Presidência da República) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), além dos presidentes da CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, Pública e Intersindical.

Pela CSB, estiverem presentes ainda o secretário de Organização e Mobilização, Paulo de Oliveira, e o 1º secretário de Comunicação, Vitor Imafuku.

Fotos: Ricardo Stuckert/PR

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