Qualquer brasileiro que vá ao mercado com frequência percebe que está cada vez mais difícil fechar as compras do mês. Para os mais vulneráveis, porém, é impossível. Nos últimos meses, cenas de pessoas garimpando restos em um caminhão de lixo em Fortaleza, procurando ossos descartados no Rio de Janeiro e de um homem implorando por comida em Brasília chocaram o país. Segundo uma pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 19 milhões de brasileiros passam fome e 55% da população apresenta algum nível de insegurança alimentar. A principal causa é a carestia dos alimentos: em outubro, a cesta básica aumentou em todas as localidades em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em dezessete capitais. Da cesta mais cara para a mais barata, são elas: Florianópolis, São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Vitória, Campo Grande, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza, Belém, Natal, João Pessoa, Salvador, Recife e Aracaju. Em outubro, os preços variaram de R$ 464,17 a R$ 700,69 nessas cidades. Já a parcela média do Auxílio Brasil anunciada pelo governo corresponde, respectivamente, à metade e à terça parte desses valores: R$ 224,41. Confira no =igualdades.
Em 2020, 19,1 milhões de pessoas passavam fome no Brasil – isso representa 9% dos brasileiros. Além disso, o número é equivalente à população do Chile, que tem 19,6 milhões de habitantes. Mais de 43 milhões não tinham alimentos suficientes no mesmo período (ou seja, insegurança alimentar moderada/grave).
Para ler a matéria completa, acesse o site da revista Piauí