Segundo presidente do SINDTAXI/SE, a queda no faturamento dos taxistas chega a 70%
Em protesto pela quase inexistente fiscalização do transporte clandestino de passageiros, aproximadamente 150 taxistas da cidade de Aracaju (SE) participaram, na manhã desta segunda-feira (31), de uma carreata que saiu da sede do Sindicato dos Taxistas de Sergipe (Sinditaxi/SE) e foi até a sede da prefeitura, onde aconteceu um ato. Um grupo de seis taxistas se acorrentaram com a promessa de sair dali somente quando o prefeito e sua equipe os receberem.
Segundo o presidente do sindicato, Manildo Ramos da Costa, o prefeito da capital sergipana, Edvaldo Nogueira (PC do B), prometeu em campanha apoio aos taxistas, mas até agora só tem postergado as reuniões que a categoria solicita.
“Na campanha eleitoral ele esteve no sindicato e recebemos ele de portas abertas, prometeu que nos receberia assim que assumisse a prefeitura e nada disso foi cumprido. Ele está nos enganando desde o início da gestão, falou que ia receber a gente em julho e nada. Agora ele disse que vai nos receber só dia 25 de agosto, e nós continuaremos em frente à prefeitura para que ele nos receba o quanto antes”, disse.
Ainda segundo o presidente, há três meses foi expedida uma liminar que autoriza o trabalho por meio dos aplicativos, mas a forma de atuação desse sistema é irregular.
“Eles não estão usando o aplicativo, estão fazendo ponto nos shoppings, aeroportos e terminais, estão oferecendo o serviço aos passageiros. Estão fazendo ponto ao lado dos taxistas”, completou Costa, alertando que muitos taxistas não conseguem pagar as parcelas de seus veículos, uma vez que os profissionais perderam cerca de 70% do seu orçamento.
Além da abordagem dos clandestinos aos passageiros, a falta de fiscalização faz com que estes motoristas trabalhem sem autorização legal e com veículos muitas vezes sem condições de uso.
“São carros de todos os jeitos, até carro muito velho e motorista que as vezes não tem nem habilitação. Pessoas erradas que entram nessa ocupação sem nenhum tipo de curso. Se um taxista agir assim, corre o risco de perder a concessão”, disse.
Antes da liminar concedida ao Uber pela juíza da 18ª Vara Cível de Aracaju, a multa para as pessoas abordadas fazendo transporte ilegal era de R$ 1.700, e o veículo, apreendido.