Para as entidades, terceirização indiscriminada e trabalho autônomo e intermitente são os grandes vilões
As centrais sindicais reuniram-se nesta terça-feira (9), em momentos distintos, com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), e com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). As entidades criticaram duramente pontos da reforma trabalhista (PL 6787/16) e cobraram soluções.
No entendimento da CSB, assim como das demais representações, os pontos que mais prejudicam os trabalhadores são a terceirização indiscriminada e o trabalho autônomo e intermitente, que consequentemente também têm impacto nas aposentadorias.
“O governo está tentando fazer uma proposta que diz está com déficit na Previdência. Essa proposta acaba com todas as arrecadações previdenciárias e também das contribuições sociais que o governo tem que arrecadar. Trabalho intermitente, que não tem registro, fará com que os trabalhadores não tenham acesso à aposentadoria”, analisou o presidente da CSB, Antonio Neto.
Para o dirigente, “essa mudança desestrutura não só a relação capital-trabalho, ela faz uma inversão bastante complexa que é acabar com o direito coletivo e transformá-lo no direito individual”, pontuou.
Romero Jucá abriu espaço para que as centrais tratem de alternativas e contraposições com sua assessoria a partir desta quarta-feira (10), às 9h. Afirmou que está aberto para negociações e que trabalhará para que as entidades sejam ouvidas.
Renan Calheiros defendeu o debate aprofundado da pauta e disse que articulará no Senado em prol da representação dos trabalhadores.
A CSB também foi representada pelo vice-presidente Flávio Werneck; pelo secretário de Organização e Mobilização, Itamar Kunert; pelo secretário de Comunicação, Alessandro Rodrigues, e pelo assessor parlamentar Ernesto Luiz Pereira.