Votação da reforma trabalhista foi realizada nesta terça-feira (6) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE)
Na votação do projeto de reforma trabalhista da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), realizada nesta terça-feira (6), 14 senadores votaram pela retirada de direitos de todos os trabalhadores, principalmente dos mais pobres e das mulheres. A CSB e 70% da população brasileira repudiam a decisão.
Desta forma, os senadores, mais uma vez, rasgam a Consolidação das Leis do Trabalho. “Um triste momento para a história do País e para a história do Senado. Parte dos senadores abriu mão de seu papel de revisar questões legislativas, avançando em mais uma etapa do processo que visa enterrar os direitos trabalhistas, sobretudo, a carteira assinada através da substituição dos celetistas por sistemas precários de contratação. Os trabalhadores e os movimentos irão agir de forma unitária na luta contra mais esse duro golpe”, afirmou o presidente da CSB, Antonio Neto.
Entre os pontos mais críticos, defendidos pelos inimigos dos trabalhadores, estão o estabelecimento do trabalho intermitente, a pejotização, a prevalência do negociado sobre o legislado e a total precarização das relações de trabalho.
De acordo com Neto, “essa mudança desestrutura não só a relação capital-trabalho, ela faz uma inversão bastante complexa que é acabar com o direito coletivo e transformá-lo no direito individual”, pontuou.
A reforma agora será analisada pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de seguir para o plenário da Casa.
Veja abaixo a lista dos senadores que votaram contra os brasileiros:
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
José Serra (PSDB-SP)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
José Agripino (DEM-RN)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
José Medeiros (PSD-MS)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Cidinho Santos (PR-MT)