Central dos Sindicatos Brasileiros

Apesar da pressão da prefeitura de Hortolândia (SP), servidores seguem mobilizados por melhores condições de trabalho

Apesar da pressão da prefeitura de Hortolândia (SP), servidores seguem mobilizados por melhores condições de trabalho
No sexto dia de greve, trabalhadores reuniram-se em frente à prefeitura em busca de reajuste de salário e benefícios

 

Nesta segunda-feira (6), mais uma vez, cerca de 1.300 servidores públicos concentram-se em frente à prefeitura de Hortolândia, município do interior de São Paulo, para cobrar condições mais justas e dignas de trabalho. O movimento é apoiado pela seccional paulista da CSB.

Apesar das mobilizações realizadas, os trabalhadores sofrem com a falta de diálogo imposta pela prefeitura. No final da tarde da última sexta (3), a administração conseguiu uma liminar que exige o retorno das atividades dos servidores de algumas áreas da saúde, como enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes da vigilância epidemiológica.

Segundo nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Hortolândia (STSPMH), o objetivo da prefeitura é desmobilizar a greve. “Na prática, foi um tiro no pé. Hoje, dia 6 de agosto, no sexto dia de greve, o número de servidores aumentou e acatamos a decisão judicial”, afirmou a publicação.

Para o presidente do sindicato, Milton Vianna Pinto, a luta continua e os desafios fortalecem a categoria. “A prefeitura se apega em ações que não têm sustentação. Mas nosso jurídico é eficiente, e juntos estamos combatendo arbitrariedades no Tribunal [de Justiça de São Paulo]. A greve dos servidores é justa. A administração está incomodada com o nosso movimento e tenta de todas as formas desarticular [o movimento]”, pontuou.

Entre as reivindicações da categoria estão 5% de ganho real e benefícios. “Só temos a cesta básica e o vale-transporte que são pagos. Não é nada dado 100% para o servidor. Estamos pedindo plano dentário gratuito para os servidores, custo zero da cesta básica até que se troque por um cartão de alimentação, vale-refeição e mudança de data-base”, informou o presidente.

A greve

A paralisação foi motivada pela atitude do prefeito de Hortolândia, que, mesmo com a recusa dos servidores, insistiu no índice de 1,56% de reajuste salarial, enviou a decisão à Câmara e não abriu mais diálogo com a representação da categoria. Nesta terça, os servidores vão se reunir na prefeitura novamente.

Conheça as reivindicações dos servidores:

1) Reposição das perdas inflacionárias do período entre abril/2017 e abril/2018, mais 5% de ganho real, prevista no Artigo 37, inciso X, da Constituição Federal;

2) Plano Dentário custo zero (90% PMH + 10% Sindicato = 16,80). Repasse Sindicato;

3) Custo zero para cestas básicas, com melhoria dos produtos deste ano;

4) Custo zero para planos de saúde;

5) Cartão de compras no valor de R$ 300,00; substituindo a cesta básica;

6) Fornecimento de 25 unidades de tíquete-refeição mensais, no valor de R$ 20 por unidade;

7) Mudança da data-base para março.