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Dia histórico: Milhões vão às ruas do Brasil pela Educação

Dia histórico: Milhões vão às ruas do Brasil pela Educação
Greve nacional dos professores recebeu apoio em todo o País contra os cortes de verbas anunciado pelo ministro Abraham Weintraub; mobilização é uma prévia da greve geral contra a reforma da Previdência em 14 de junho

 

15 de maio entrou para a história como o dia em que o País disse NÃO aos retrocessos na Educação brasileira impostos pelo governo de Jair Bolsonaro. Milhões de professores, demais profissionais de educação, estudantes, movimentos sociais, sindicatos e as centrais sindicais foram às ruas de todas as capitais e de centenas de cidades Brasil afora protestar contra os cortes que afetam das universidades ao ensino básico.

Na Avenida Paulista, centro de São Paulo, mais de 150 mil pessoas lotaram as duas pistas e vários quarteirões. Os milhares de manifestantes tiveram o apoio de 31 entidades, entre representantes da categoria, da sociedade civil, políticos e as centrais. A CSB São Paulo marcou presença no ato. Para Denilson Bandeira, representante da Central, a união pela educação é que vai fazer a diferença. “Se Bolsonaro pediu um tsunami, aqui está. Esse é o esquenta para a greve geral de 14 junho. Toda a força aos professores”, disse o dirigente. Para os organizadores da mobilização, a resistência pela Educação precisa vir de todas as frentes e do conjunto da sociedade.

Após o ato em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), os manifestantes caminharam até a Assembleia Legislativa do estado. Os cortes no setor, anunciados pelo ministro Abraham Weintraub, chegam a R$ 2,1 bilhões nas universidades, R$ 860,4 nos institutos federais e quase R$ 1 bilhão do ensino básico ao médio. Além de defender a preservação dos investimentos na Educação, a greve desta quarta serve como preparação para a greve geral contra a reforma da Previdência, marcada para 14 de junho.

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Desde cedo

Já nas primeiras horas deste dia 15 as manifestações tomaram conta das ruas. Pela manhã, houve atos em ao menos 149 cidades, que contaram também com a participação de universidades e escolas. Até o final do dia, 173 municípios foram palco de mobilizações. Cerca de 5 milhões de pessoas participaram dos protestos em todo o Brasil.

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São Paulo

Além do ato em frente ao MASP, na capital paulista, estudantes e professores da Universidade de São Paulo (USP) fecharam uma das entradas da instituição. Estudantes secundaristas também fizeram protesto em Higienópolis, na região central de São Paulo.

Em Campinas, no interior do estado, houve ato na avenida que dá acesso ao campi da Unicamp e da PUC-Campinas. Os manifestantes lotaram também o Largo do Rosário. Em Sorocaba, escolas ficaram sem aulas; em Presidente Prudente, dirigentes da CSB SP, professores e estudantes lotaram as ruas do centro para protestar.

No litoral, em Santos, petroleiros apoiaram o movimento. Em Bauru, estudantes e professores protestaram em frente à Câmara Municipal. Estudantes e servidores de Boituva também participaram de ação na Praça da Matriz.

Estudantes da USP e da Unesp fizeram atos em Ribeirão Preto, Jaboticabal e Presidente Prudente. Em Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba e Suzano, professores e estudantes se manifestaram pela manhã. Araraquara, Rio Claro e São Carlos também realizaram atos.

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) participaram dos atos. Faixas diziam “Luto pela educação” e “A aula hoje é na rua”. Os protestos se espalharam por outras partes da cidade.

Escolas municipais e estaduais, além de universidades e instituto federais das regiões da Zona da Mata e Campo das Vertentes também aderiram à paralisação. Na região de Montes Claros servidores e estudantes aderiram ao movimento. Houve protestos em Almenara, Araçuaí, Janaúba, Porteirinha, Januária, Pirapora, Salinas e Teófilo Otoni.

Em Uberaba, alunos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) fizeram uma passeata. Em Divinópolis, servidores da rede municipal e estadual de ensino paralisaram as atividades.

No leste e no nordeste de Minas Gerais, estudantes e professores realizam um ato em Governador Valadares. No Sul de Minas, atos ocorreram em Varginha e Poços de Caldas.

Pernambuco

Em Pernambuco, houve paralisação de professores de universidades federais. Na Zona Oeste do Recife, professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) fizeram atendimento à população gratuitamente, como forma de conscientizar sobre a importância do serviço prestado. Em Carpina, a professora e vice-presidente da CSB, Maria das Mercês Silveira, comandou os atos contra os cortes na educação, a reforma da Previdência e as decisões contrárias à categoria tomadas pelo prefeito. Assista:

No município de Lajedo, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, professora Margarete Teles, realizou audiência para esclarecer a população e os servidores públicos sobre a reforma da Previdência.

Em Caruaru, no Agreste pernambucano, e em Serra Talhada, no Sertão, manifestantes também foram às ruas.

Rio Grande do Sul

Escolas e universidades pararam as atividades. Na região de Santa Maria, ao menos 50 escolas municipais e estaduais amanheceram sem aulas. Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria bloquearam uma via da cidade. Também houve protestos e paralisações em Rio Grande, Caxias do Sul, Panambi, Cruz Alta, Osório, Uruguaiana, Frederico Westphalen, Santo Ângelo e São Vicente do Sul, comandados pela Seccional da CSB no estado.

Rio de Janeiro

Universidades e escolas suspenderam as atividades para protestar. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro paralisaram as atividades. Em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo e algumas escolas estão sem aulas.

Bahia

Escolas públicas e particulares de Salvador amanheceram sem aula. Houve manifestação no Centro da cidade reunindo 50 mil pessoas. Manifestações também foram realizadas em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e Juazeiro do Norte, no interior do estado.

Ceará

A mobilizações começou às 5 horas e seguiram para o centro de Fortaleza. Juazeiro do Norte, Tauá, Crato, Sobral Cedro, Iguatu, Canindé, Crateús, Quixadá e outras cidades do interior do Ceará também tiveram mobilização de estudantes e professores.

Distrito Federal

Escolas da rede pública de ensino suspenderam as aulas nesta manhã. Na Esplanada dos Ministérios, manifestantes se reuniram em frente à Biblioteca Nacional e seguiram pela via em direção à Praça dos Três Poderes.

Paraíba

Instituições públicas de ensino básico, fundamental, médio e superior suspenderam as atividades. Além da capital, João Pessoa, cidades como Campina Grande, Sousa e Areia tiveram protestos.

Maranhão

Em São Luís, manifestantes bloquearam a Avenida dos Portugueses.

Alagoas

Em Maceió, dirigentes sindicais, professores, funcionários e alunos do ensino público federal, estadual e municipal realizaram protesto nesta manhã, no bairro do Farol.

Rio Grande do Norte

Escolas estaduais suspenderam as aulas como forma de adesão ao protesto nacional.

Piauí

Em Teresina, estudantes universitários e secundaristas ocuparam a Praça Rio Branco, no Centro, e seguiram até o prédio da prefeitura. No interior do estado foram realizados protestos em Parnaíba, Cocal e Angical do Piauí.

Goiás

Em Goiás, escolas e universidades suspenderam as aulas por conta dos atos. Além da capital, Goiânia, cidades como Jataí e Catalão também tiveram protestos.

Paraná

Em Curitiba, manifestantes se reuniram em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na praça Santos Andrade. Também houve protestos em Maringá e Ponta Grossa.

Santa Catarina

Houve manifestações de professores e estudantes em em Florianópolis, Itajaí e Blumenau, no Vale; São Francisco do Sul e Camboriú, no Litoral Norte catarinense; Lages, na Serra; Joinville, no Norte; e Concórdia e Chapecó, no Oeste.

Amazonas

Em Manaus, servidores e alunos da Universidade Federal do Amazonas fizeram ato na Avenida Rodrigo Otávio, Zona Sul da cidade. Duas faixas da via foram bloqueadas pelos manifestantes.

Acre

Em Rio Branco, funcionários e estudantes da Universidade Federal do Acre fizeram um café da manhã na rua e fecharam o principal acesso à instituição. Também foram registrados atos de professores, alunos e servidores do Instituto Federal do Acre (Ifac), em Rio Branco, e em algumas cidades do interior do estado.

Na capital, centrais sindicais fecharam, pela manhã, a avenida Brasil, uma das principais do município.

Mato Grosso do Sul

Escolas municipais e estaduais, além de instituições federais aderiram à greve de um dia contra os bloqueios na educação nas cidades de Campo Grande, Ponta Porã e Dourados. Houve manifestações na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul.

Roraima

Em Boa Vista, professores, técnicos e estudantes da Universidade Federal de Roraima (UFRR), fecharam os portões da instituição. Além da UFRR, participam do ato o Instituto Federal de Roraima (IFRR) e parte da Universidade Estadual (UERR). O Colégio de Aplicação da UFRR e a Escola Agrotécnica também paralisaram.

Pará

As universidades federais paralisaram as atividades. Em Belém, mais de 10 mil trabalhadores técnicos, estudantes e professores da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Instituto Federal do Pará (IFPA) concentraram-se em frente ao prédio do Instituto de Ciências das Artes (ICA). Também houve atos em cidades como Marabá e Santarém.

Mato Grosso

Instituições federais, estaduais e municipais de educação em Mato Grosso também aderiram à mobilização nacional.

Espírito Santo

Em Vitória, estudantes e professores da rede estadual de ensino seguiram em protesto da Praça do Papa em direção à Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

Rondônia

Estudantes e professores do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) fizeram um manifesto no campus do Ifro de Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia. Os alunos e servidores se reuniram no Ifro e logo depois caminharam até a rotatória principal da cidade. Em Porto Velho, estudantes da Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir) protestaram no centro da cidade.

Amapá

Estudantes, professores e servidores protestaram no campus Macapá da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Com faixas, cartazes e caixas de som, o grupo fechou a entrada da universidade, localizada na Zona Sul da capital.

 

Sergipe

Em Aracaju, os manifestantes bloquearam um dos acessos ao campus da Universidade Federal de Sergipe. Estudantes também se concentraram na porta do Instituto Federal de Sergipe (IFS).

Tocantins

Em Palmas, estudantes fecharam o portão de entrada da Universidade Federal do Tocantins e da Universidade Estadual do Tocantins. Com cartazes e latas, os manifestantes faziam barulho e gritam palavras de ordem pedindo mais atenção para educação. No interior do estado, também houve manifestações em Gurupi, Araguaína, Dianópolis e Araguatins.

Com informações do G1 e Folha de S.Paulo