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Vitória terá recursos de banco brasileiro, diz Zurich após leilão

Vitória terá recursos de banco brasileiro, diz Zurich após leilão
Empresa suíça, que venceu a 5ª rodada de concessões de aeroportos na última sexta-feira (15), terá dinheiro subsidiado do BNDES para financiar sua compra

 

A suíça Zurich, que venceu a disputa pelo bloco do Sudeste na 5ª rodada de concessões de aeroportos realizada hoje, pretende financiar os investimentos necessários nos ativos utilizando recursos de um banco brasileiro, disse Stefan Conrad, presidente da companhia na América Latina.

Ele indicou que está avaliando financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou a emissão de debêntures de infraestrutura para garantir os recursos da operação. “Estamos avaliando a melhor alternativa”, disse.

A Zurich venceu a disputa pelo bloco no Sudeste com uma oferta de R$ 437 milhões, ágio de 830% em relação ao lance mínimo de R$ 46,9 milhões. A companhia foi assessorada pelo BTG Pactual.

O bloco do Sudeste contém os terminais de Vitória (ES) e Macaé (RJ). Segundo a Anac, a movimentação dos dois aeroportos em 2019 deve ser de 3,3 milhões de passageiros, chegando a 8,2 milhões de passageiros em 2049.

Conrad disse que os aeroportos de Vitória e de Macaé têm grande potencial de crescimento no turismo de negócios, pois, há grandes empresas dos setores de mineração, siderurgia e óleo e gás.

“Nesses lugares não há muito turismo. Além disso, no aeroporto de Vitória há espaços para abertura de lojas e isso é uma oportunidade. Estudamos o potencial desses terminais por sete meses e fizemos um plano de negócios compatível com as nossas expectativas”, afirmou. A companhia já opera no Brasil o aeroporto de Florianópolis e Confins, este em conjunto com a CCR.

No total, foram leiloados nesta sexta-feira 12 aeroportos, em três blocos: Nordeste, o mais disputado, com seis terminais, Sudeste (2 terminais) e Centro-Oeste (4 terminais de carga). O certame é o primeiro grande teste do governo com investidores na agenda de concessões e privatizações, dentro do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), e também um termômetro para o modelo que combina ativos lucrativos e deficitários no mesmo pacote.

Fonte: Valor Econômico