Central dos Sindicatos Brasileiros

Servidores federais protestam contra medidas econômicas do governo em Alagoas

Servidores federais protestam contra medidas econômicas do governo em Alagoas

Manifestação reuniu cerca de 200 trabalhadores em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, em Maceió

Cerca de 200 servidores federais reuniram-se em frente à regional do Ministério da Fazenda, em Maceió (AL), nesta quarta-feira (23/09), para protestar contra o pacote de medidas econômicas do governo federal. Deliberada em assembleia geral com os trabalhadores na última terça-feira (22/09), a mobilização foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Púbico Federal no Estado de Alagoas (SINTSEP/AL) – entidade que possui 32 órgãos públicos filiados – e tem o apoio da CSB.

Com carro de som, faixas e correntes nas duas portas de acesso ao Ministério, os servidores manifestaram-se em oposição às propostas de adiamento de sete meses da 1ª parcela (5,4%) do reajuste salarial, atualmente programado para agosto/2016; de supressão do abono permanência, incentivo destinado aos trabalhadores em tempo de aposentar ainda ativos e cancelamento de concursos públicos.

De acordo com o presidente do SINTSEP/AL, Jogelson Veras, apenas o corte no abono dos servidores federais renderia mais de R$1 bilhão ao governo. “Nós não estamos aqui para reivindicar. Nós estamos aqui em repúdio às medidas de ajuste fiscal propostas pelo Ministério da Fazenda. Queremos contribuir para que o País supere a atual situação econômica, mas se quer sair da crise, não sacrifique o povo brasileiro”, afirmou Veras.

Segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), em comunicado divulgado pelo portal Rede Brasil Atual, “100 mil servidores da ativa em condições de se aposentar, mas que permanecem trabalhando, podem deixar os postos de trabalho”.

Propostas da categoria

Em documento a ser enviado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), o SINTSEP/AL, junto aos servidores federais, pretende propor o repatriamento de recursos públicos desviados pela corrupção, a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para os que ganham acima de R$20 mil, a redução de 40% dos Ministérios e de 60% dos cargos comissionados como formas de arrecadar os mais de R$ 60 bilhões que o governo necessita para equilibrar as finanças.

“Não basta criticar; temos que apresentar propostas. Por isso, elaboraremos este documento para que a responsabilidade da crise não recaia sobre os trabalhadores. Por que taxar a classe trabalhadora para levantar recursos em vez dos bancos? Nós não aceitaremos isso calados”, reforçou o presidente do Sindicato.

Com o apoio da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Sindicato dos Policiais Federais, Jogelson Veras também destaca a participação da CSB na mobilização. Para o dirigente, “a CSB é uma das centrais mais sérias e importantes do Brasil e, realmente, está do lado dos trabalhadores”.