Central dos Sindicatos Brasileiros

Dirigente do SISIPSEMG é vítima de assédio moral

Dirigente do SISIPSEMG é vítima de assédio moral

Entidade condenou a prática e buscará retração pública a Antonieta de Faria

O Sindicato dos Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (SISIPSEMG) a CSB repudiaram o ato de assédio moral sofrido pela servidora e diretora da entidade, Antonieta de Faria (Tieta), que também é secretária nacional dos trabalhadores em institutos de previdência públicos da CSB.  A dirigente foi assediada moralmente pelo diretor do SISIPSEMG, Cristiano Gonzaga da Matta Machado.

O assédio moral aconteceu no último dia 15 de setembro em uma reunião entre o sindicato e a diretoria do Instituto para debater as reivindicações da categoria. De acordo com Tieta, o assédio começou quando os dirigentes sindicais, durante a exposição dos problemas enfrentados pela categoria, começaram a ser cerceados no seu direito de expressão.

“Fomos ironizados e desrespeitados. Nós queríamos apresentar a pauta completa de reivindicações da categoria, que envolve a saúde do trabalhador, reajuste salarial, plano de cargos e carreiras. Eles queriam limitar a discussão apenas a questões da Previdência. Quando comecei a expor todos os problemas, o senhor Cristiano proferiu a seguinte expressão: “Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha”. Foi um constrangimento muito grande e um abuso de autoridade”, disse Tieta.

A prática do assédio moral é brutal é deve ser denunciada e combatida, avalia a dirigente. “Todo trabalhador que for humilhado tem que denunciar essa prática. Nós, do SISIPSEMG, repudiamos essa ação e vamos combater isso. A luta deve ser conjunta para eliminar o assédio moral e qualquer outro problema no local de trabalho. No setor público o assédio moral tem sido um dos grandes problemas. Nós estamos entrando junto com o governo do Estado de Minas Gerais uma ação contra este diretor que assediou a mim e desrespeitou o Sindicato. Precisa acontecer um retratação pública do Instituto e do governo de Minas Gerais”, enfatizou.

De acordo com Maria Abadia, presidente do SISIPSEMG, o assédio moral fere os direitos e retira a identidade dos trabalhadores. “Para acabarmos com esse tipo de atitude, precisamos construir várias ações, mas, principalmente, conscientizar os trabalhadores, as empresas e o governo. A humilhação que nossa companheira Tieta sofreu será combatida e servirá como exemplo para que outras pessoas não repitam esse tipo de atitude que humilha e diminui as pessoas”, afirmou Abadia.

A CSB repudia toda e qualquer forma de assédio moral contra os trabalhadores brasileiros. “Esta luta está na ordem do dia da Central. O movimento sindical tem a obrigação de atuar no combate ao assédio moral e na conscientização dos trabalhadores. Os sindicatos que receberem denúncias dessa prática devem elaborar um comunicado ao CAT [Comunicação de Acidentes de Trabalho]. É fundamental uma atuação mais assídua das entidades na defesa do trabalhador. Nos solidarizamos com a causa da dirigente Tieta e oferecemos nosso apoio nas ações do SISIPSEMG para combater este abuso”, disse Antonio Neto, presidente da CSB.