Central dos Sindicatos Brasileiros

Diretoria da CSB aprova novo planejamento estratégico para filiações

Diretoria da CSB aprova novo planejamento estratégico para filiações

Reunião da Diretoria Nacional debateu as estratégias de organização para que a Central alcance em 2013 a marca de mil filiados

Nos dias 17 e 18 de abril, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) realizou, em São Paulo, a reunião da Diretoria Nacional, com o objetivo de fazer um planejamento estratégico de trabalho para que a Central permaneça em vertiginoso crescimento e alcance, ainda em 2013, a marca de mil sindicatos filiados. Além do presidente Antonio Neto, dos vice-presidentes José Avelino Pereira (Chinelo) e João Alberto Fernandes, e do secretário-geral, Alvaro Egea, mais de cem dirigentes representantes dos 16 estados onde a CSB possui sindicatos filiados participaram do evento.

Como base da proposta de organização estratégica, a entidade elaborou e entregou aos dirigentes um documento que elenca as diretrizes de trabalho da CSB, como o trabalho pela formação, capacitação e o aperfeiçoamento dos representantes; as novas regras sindicais firmadas pelas Portarias do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a estruturação da entidade.

Além disso, temas como a avaliação da ação em Brasília para destravar a pauta trabalhista, realizada em fevereiro deste ano; a força dos sindicatos maiores para alavancar o crescimento dos demais; o fortalecimento dos sindicatos de maneira global; e a participação da CSB na audiência pública sobre a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) também foram debatidos.

Planejamento e filiações

Durante a reunião, Antonio Neto expôs a importância do trabalho organizacional em todas as áreas da CSB. Ele destacou também o papel institucional da entidade na mediação do debate entre todas as categorias de trabalhadores, a união de forças entre os sindicatos e o cumprimento dos compromissos assumidos pelos representantes.

“Por isso, cada vez mais se acentua a necessidade da realização de um planejamento, que busque potencializar os aspectos principais para a consolidação de um crescimento consistente e permanente. Um projeto que almeje atender às necessidades dos filiados, que promova satisfação e orgulho de pertencer ao quadro de associados e, acima de tudo, que respalde o objetivo central da constituição de uma organização deste patamar, isto é, o avanço dos direitos trabalhistas, o fortalecimento da luta sindical e a promoção da igualdade social em seu aspecto maiúsculo”, enfatizou Neto.

O presidente deixou claro que a missão de cada dirigente neste momento é aliar a defesa pelas bandeiras de luta dos trabalhadores à filiação de novas entidades.

“Nosso crescimento até agora foi um fator decisivo para obtermos o respeito político e sindical no Brasil. A meta de nos tornarmos uma das maiores centrais sindicais do país, alcançando o número de mil filiados, não é um exercício de retórica, mas sim uma necessidade para que as nossas lutas e a defesa dos direitos trabalhistas avancem de forma acelerada”, ressaltou.

“Temos certeza de que cada dirigente da CSB, cada presidente de sindicato filiado, desfruta de muito prestígio em sua cidade ou nos demais sindicatos de sua categoria. Vamos utilizar este prestígio para avalizar a filiação. Vamos trabalhar para fortalecer a CSB”, completou Antonio Neto.

O foco principal da busca de novos filiados será na criação de coordenações das categorias, como a dos trabalhadores rurais (veja aqui matéria sobre a Secretaria Nacional da categoria), servidores públicos, trabalhadores na saúde, profissionais liberais e movimentadores de mercadorias. O objetivo é constituir comissões de filiações nos estados para otimizar o processo.

Outro aspecto debatido foi o da organização das regionais. A CSB pretende ampliar as sedes em cada estado onde a entidade mantém representação. Além disso, pretende montar e equipar postos à medida que o crescimento da Central atingir novas cidades.

Cursos de formação para os dirigentes

O presidente da CSB reforçou a preocupação da Central com a capacitação dos dirigentes, para que o aprimoramento da atuação deles seja um instrumento de fortalecimento dos sindicatos.  A entidade fechou um convênio com Dieese para a realização de dez cursos de negociação coletiva na iniciativa privada e no setor público. Os cursos têm duração de três dias, com turmas de 35 pessoas, e oferecem formação completa em todos os pontos que envolvem uma negociação.

Entre os dias 8 e 10 de maio será ministrado o primeiro curso deste ano no Espírito Santo, fruto de uma parceria da CSB com as Federações dos Servidores Públicos Municipais do Espírito Santo e de Minas Gerais. Veja aqui a matéria sobre o evento.

Debate

Os dirigentes presentes no evento manifestaram apoio ao documento proposto pela Central e tiveram a oportunidade de expor as principais necessidades e anseios de suas categorias, além de debaterem diretamente com a mesa diretora.

Alvaro Egea mediou as intervenções e fez questão de enfatizar a necessidade de o governo manter o foco dos seus trabalhos nas necessidades dos trabalhadores, como o projeto de desoneração da folha de pagamento de alguns setores. “Precisamos saber quais serão os benefícios que os empresários darão aos empregados e à economia como forma de se fazer justiça pela redução de gastos que tiveram. O que estamos vendo hoje é uma apropriação desses recursos pelas empresas”, expôs o secretário-geral.

A partir dessa discussão, os representantes apresentaram o cenário atual de suas categorias e a atuação da CSB, como os trabalhadores na área da saúde, que reivindicam situação de igualdade em relação às demais categorias.

Os servidores públicos enfatizaram a necessidade da rápida regulamentação da Convenção 151, cuja audiência pública realizada em 9 de abril teve a participação da CSB.

Para a movimentação de mercadorias, a luta está pautada na definição da denominação dos profissionais que atuam ajudando os motoristas de caminhões que transportam cargas. A categoria também se dedica a manter os direitos já conquistados com o reconhecimento da profissão em 2009.

Os contabilistas se mostraram entusiasmados com a participação no debate como ferramenta de interação e fortalecimento da luta da categoria, além de defenderem a contribuição sindical e a união dos dirigentes de todos os sindicatos na defesa sólida dos trabalhadores.

A ação em Brasília foi lembrada por todos como a grande investida da Central em defesa da pauta trabalhista. “Fizemos um arrasa quarteirão lá. Visitamos mais de cem gabinetes. Eu chegava e já me falavam ‘passou um povo lá seu, Neto’. E a gente efetivamente cumpriu o que queríamos. Falamos com várias lideranças, vice-presidente, presidente do Senado, com deputados. A ponto do presidente do PMBD fazer um discurso saudando a chegada da CSB”, comemorou Antonio Neto.

Portarias do MTE

A CSB expôs sua preocupação em esclarecer aos dirigentes todos os pontos das novas Portarias do MTE. A assessora da CSB, Marta Freitas, participou da reunião ministrando uma palestra sobre as novas diretrizes, disponíveis no link Legislação do site da Central.

E para atestar a posição da entidade no cumprimento das novas determinações, a CSB elaborará uma cartilha explicativa para que todos os sindicatos filiados tenham acesso às novas exigências do Ministério.

Compromisso

Durante os dois dias de debates, a Diretoria Nacional da CSB traçou metas e fortaleceu suas alianças internas na defesa dos trabalhadores. Mostrou também estar comprometida em alcançar a representatividade no Ministério do Trabalho.

Para José Avelino, a CSB já se consolida como uma Central que veio para ficar. “Não tenho dúvidas de que estamos no melhor dos caminhos. O caminho da luta pelas categorias brasileiras”, defendeu.

Juvenal Pedro Cim, diretor de finanças, afirmou que a estrutura da CSB está consolidada. “Esse planejamento é a nossa base para um trabalho sólido e consistente”, ressaltou.

Antonio Neto fez questão de parabenizar todos os dirigentes pelo empenho e dedicação no trabalho de levar a CSB a fazer história no movimento sindical.

“Eu creio que nós temos companheiros e companheiras muito valorosos. E a cada dia temos surpresas agradabilíssimas de companheiros que se juntam a nós. Que assumem a sigla conosco, se filiam a nós e se organizam. Porque essa central não é construída pelo presidente, ou por um partido, é construída pelo dirigente sindical”, orgulhou-se.

“Eu não tenho dúvida do empenho de todos quando lembro o nosso lema ‘mil sindicatos unidos por um Brasil mais justo’. Essa é a nossa meta”, finalizou o presidente da CSB.

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