Central dos Sindicatos Brasileiros

Em entrevista, secretária da Mulher da CSB fala da precariedade no Instituto de Previdência dos Servidores de MG

Em entrevista, secretária da Mulher da CSB fala da precariedade no Instituto de Previdência dos Servidores de MG

Antonieta de Faria relatou a uma rádio mineira o corte no atendimento em clínicas conveniadas por falta de pagamento

A diretora de Relações Sindicais do Sindicato dos Servidores do IPSEMG (SISIPSEMG), Antonieta de Cassia de Faria, a Tieta, em entrevista às rádios mineiras, na última quarta-feira (13), expôs a situação de precariedade do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais, responsável pela Previdência e pela saúde dos servidores do estado.

Nas entrevistas, Tieta, que também é secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), também denunciou o corte nos atendimentos em clínicas conveniadas, principalmente no interior do estado, por falta de pagamento. Com isso, os servidores do interior precisam se deslocar para Belo Horizonte, o que tem gerado mais espera para consultas e exames.

“Os credenciados estão cancelando atendimento em várias cidades de toda Minas Gerais e isso tem nos preocupado muito, pois é o enfraquecimento da nossa Seguridade Social. Os servidores e seus dependentes ficam sem uma segurança de um tratamento. Existem cidades que não têm atendimento próprio e os órgãos credenciados não estão recebendo, os servidores ficarão à mercê do Sistema Único de Saúde (SUS), que defendemos o seu fortalecimento, mas que não está dando conta de atender a população como um todo”, explicou.

Segundo Tieta, nesses 46 dias de novo governo não houve nenhuma sinalização de mudança de postura e diálogo.

“Apesar do pouco tempo, a gente esperava que o governo sentasse com os representantes dos servidores para achar uma solução. Sabemos que o governo recebeu o IPSEMG endividado, mas o atual governador não conversa e o que nos preocupa muito é que todo dia temos um conveniado cancelando o atendimento aos nossos usuários por falta de pagamento”, disse a dirigente.

Outra grave denúncia feita por Tieta foi o desvio dos valores descontados no contracheque para manutenção do Instituto, que estão indo para o caixa único do estado.

“Essa prática continua e é um dos motivos da quebradeira do IPSEMG. Isso nos preocupa muito. Dessa forma, o IPSEMG não consegue arcar com as suas redes, manchando um instituto com mais de 106 anos, que já foi referência na América Latina”, completou.