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Sem acordo, Sindpd e sindicato patronal marcarão nova rodada de negociação da CCT 2018

Sem acordo, Sindpd e sindicato patronal marcarão nova rodada de negociação da CCT 2018

Impasse durante a oitava mesa emperra novamente o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria

Durante a oitava rodada de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho 2018, mais uma vez o impasse impossibilitou o fechamento do acordo. O Sindpd mostrou disposição para assinar a nova CCT e abriu mão das homologações no Sindicato dos Trabalhadores. Entretanto, a comissão de negociação patronal propôs a obrigatoriedade da homologação apenas para os sócios do Sindpd.

O presidente Antonio Neto deixou claro que essa proposta, segundo o departamento jurídico do Sindpd, é contrária à legislação uma vez que não pode haver tal diferenciação, já que o Sindpd representa toda a categoria de TI, não apenas os associados. “Nós vamos mudar nossa estratégia. O Sindpd vai iniciar uma campanha maciça junto a todos os trabalhadores que tiverem suas homologações feitas nas empresas. Vamos pedir a eles que venham ao Sindicato para que nós façamos uma análise e verificação completa dos direitos e das verbas trabalhistas. Caso não estejam dentro do que a lei estabelece, nós vamos tomar todas as providências legais, civis, trabalhistas e criminais que protejam os trabalhadores”, avisou Neto.

Mais uma vez, o patronal insistiu em inserir na CCT da categoria que as empresas tenham total liberdade de negociar diretamente com os trabalhadores questões referentes à jornada de trabalho, como trabalho aos domingos e feriados, ponto por exceção, jornada flexível e 12×36 horas.

Antonio Neto foi taxativo ao afirmar que o Sindpd não permitirá qualquer acordo sem a mediação do Sindicato da categoria. “Se é isso, não tem acordo. A cada rodada, você acrescenta alguma coisa. Na jornada de trabalho, todas as alterações que vocês querem eu não vou dá-las. Não vamos dar autorização para que a empresa negocie com o funcionário”, criticou o presidente do Sindpd.

Em relação às viagens a serviço, a comissão patronal manteve a proposta de que o tempo gasto pelo trabalhador no trajeto das viagens não conte como tempo de trabalho. “Queremos manter o que está na CCT da categoria hoje para as viagens a serviço”, contrapôs Neto. Sobre o auxílio-alimentação, os empresários mantiveram a proposta de R$ 18, com os “descontos legais” aplicados.

Embora todo o impasse nas negociações não tenha relação do ponto de vista econômico, o sindicato patronal não apresentou proposta para o índice de reajuste, mantendo a oferta anterior de 2,07%.

As duas comissões analisarão o resultado da oitava rodada e deverão marcar uma nova reunião em data a ser definida.

Assista à íntegra da oitava rodada:

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Fonte: Sindpd