Central dos Sindicatos Brasileiros

Sindicalistas rurais reforçam luta pela manutenção dos direitos trabalhistas

Sindicalistas rurais reforçam luta pela manutenção dos direitos trabalhistas

Seminário abordou também temas relacionados ao sistema previdenciário

Com apoio da Federação dos Empregados Rurais Assalariados no Estado de São Paulo – FERAESP,  o Sindicato dos Empregados Rurais de Guariba e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) realizaram, na sexta-feira, 3 de fevereiro, no Auditório da Socicana – Associação de Fornecedores de Cana de Guariba,  o Seminário Sindical dos Empregados Rurais Assalariados de São Paulo, com o tema “Os trabalhadores, os sindicatos e a  permanente luta pelos direitos trabalhistas e previdenciários”.

O seminário reuniu 130 participantes, a maioria sindicalistas rurais e assalariados  convidados de todo o estado de São Paulo a debate sobre as estratégias de luta para se contrapor às propostas de reformas trabalhista e previdenciária já divulgadas pelo governo federal.

Duas conferências foram apresentadas aos participantes, e o presidente da CSB, Antonio Neto, falou sobre “A atual situação dos trabalhadores e a ameaça da perda de direitos duramente conquistados – A estratégia dos sindicatos e da Central dos Sindicatos Brasileiros”. O sindicalista reforçou a ideia de que somente a luta e a união dos trabalhadores e seus representantes junto às forças da sociedade, dentre as quais o Congresso Nacional, é que farão a diferença em favor dos trabalhadores e da população.

No período da tarde, houve a conferência com a participação de Clóvis Sherer, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), de Brasília, com o tema “Reforma da Previdência – Quem ganha e quem perde com as mudanças da atual proposta do Governo Federal e como manter as conquistas dos trabalhadores”, detalhando que a situação dos trabalhadores pode ser catastrófica, porque haverá apenas perdas de benefícios, que já hoje não são bons.

Para o presidente da Feraesp, Aparecido Bispo, é preciso lutar e proteger os trabalhadores, inclusive os que se encontram sob o jugo da terceirização, prática que impede o acesso aos direitos e benefícios da contratação direta com as empresas, colocando esse tema como sugestão para um debate mais aprofundado, bem como sobre outro que se apresenta como grave: o trabalho informal e para o qual lançou o desafio da realização de campanha de conscientização e combate. Bispo lembrou que o próprio Ministério do Trabalho apresenta estatística de milhões de trabalhadores sem carteira assinada.

No tocante à questão da Previdência, Aparecido Bispo manifestou a preocupação da entidade sindical de segundo grau quanto à mobilização dos trabalhadores e seus representantes ao que define como quadro sombrio e que precisa ser enfrentado com todo vigor pela sociedade como um todo.

O secretário-geral da Feraesp, Rubens Germano, avaliou que “o Seminário se prestou como instrumento adequado para, primeiro, a reunião entre os dirigentes sindicais da categoria dos assalariados e o debate de base dos trabalhadores com os demais âmbitos do sistema sindical, com cada qual disponibilizando os seus instrumentos e estratégias para a ação de mobilização ao combate das precarizações, inclusive essas referentes à Previdência Social que atacam diretamente aos trabalhadores de modo geral e, em especial, os rurais”.

Na mesma direção, e avaliando como extremamente positiva a realização do Seminário, o presidente do Sindicato dos Empregados Rurais Assalariados em Guariba, Wilson Rodrigues da Silva, lembra que a cidade foi o palco de um dos grandes e históricos locais de luta e resistência dos empregados rurais canavieiros, e que a realização do Seminário na cidade reforça a reflexão da união na defesa dos direitos dos trabalhadores e cidadãos.

Para ele, o que se leva desse evento importante, além dos esclarecimentos sobre o que o governo pretende com essas reformas, é a conscientização de que “os sindicalistas em todos os âmbitos, com o apoio das federações, confederações e centrais sindicais, têm que, num esforço de unidade, acionar todos os mecanismos possíveis para que os trabalhadores do campo e da cidade não sejam prejudicados com qualquer tipo de reforma, em especial precisam não apenas manter, mas, sobretudo, ampliar os direitos trabalhistas duramente conquistados ao longo dos anos”.

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Fonte: Alcimir Carmo – Feraesp

Créditos das fotos: Alessandro Rodrigues (Secretário de Comunicação da CSB) e Juan Castillo