Central dos Sindicatos Brasileiros

13 de Outubro: Dia do Fisioterapeuta

13 de Outubro: Dia do Fisioterapeuta

CSB homenageia categoria responsável pela prevenção, cura ou reabilitação da capacidade física das pessoas

No dia 13 de outubro de 1969, foi regulamentado o Decreto-Lei 938, que define como atividade específica do fisioterapeuta o desenvolvimento e a conservação da capacidade física de um paciente, além de ser reconhecido como profissional de nível superior. Desde então, o dia do fisioterapeuta passou a ser comemorado nesta data. Seis anos depois da regulamentação, em 1975, foi aprovada a Lei nº 6316, em caráter federal, outorgando direitos e deveres a estes profissionais, e suas responsabilidades.

A fisioterapia atua como forma de reabilitação do corpo humano e prevenção de doenças ósseas e musculares, por meio de técnicas próprias como massagens, radiações, exercícios, dentre outras.

Sérgio José Vedovello, presidente da Federação Nacional dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (Fenafito), explica que – para se tornar um profissional da fisioterapia – é preciso adquirir formação específica na área, por meio de graduação. A duração do curso é de cinco anos, exigindo uma etapa de estágios em hospitais a fim de dar as primeiras experiências práticas na profissão. “A fisioterapia é uma área de muitas possibilidades de atuação, podendo o profissional manter consultório particular, atender em clínicas, centros de reabilitação, academias, escolas, clubes, hospitais, além de ter espaço de atuação como pesquisador”, disse.

O Brasil conta com 90 mil profissionais, segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito). Um número bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda para um país de 200 milhões de habitantes o número mínimo de 190 mil fisioterapeutas. “No setor privado, nas grandes cidades, o número de fisioterapeutas que se formam todos os anos é grande, porém fora dos grandes centros há carência de profissionais. No setor público, a oferta de emprego não é muito grande e os concursos são poucos. Os salários também estão aquém do desejado, por isso muitos trabalhadores acabam desistindo da área. Faltam atrativos para atrair novos profissionais”, avalia Vedovello. O piso salarial é de cerca de R$ 1,5 mil para uma carga horária de 30 horas semanais. Para profissionais autônomos, o Coffito divulga uma tabela de referência de honorários.

Dentro das principais reivindicações da categoria estão a redução da jornada de trabalho para 20 horas semanais e o reajuste de 15% no piso salarial. “Outro fator a que os fisioterapeutas precisam estar atentos é a questão da sindicalização. Muitos profissionais não se associam aos sindicatos. Isso enfraquece a categoria. São as federações e sindicatos que lutamos pelas melhorias. A união faz a força. Se o trabalhador não se unir a nós, será muito mais difícil obter vitórias”, afirma o presidente.

História

Na década de 1930, aqui no Brasil, os serviços de fisioterapia eram realizados por médicos denominados “médicos de reabilitação”. Com o envolvimento direto do Brasil na Segunda Guerra Mundial, houve o desenvolvimento da fisioterapia como prática recuperadora das sequelas físicas e também a modernização dos serviços fisioterapêuticos.

Em 1951, foi realizado o primeiro curso para formação de técnicos em fisioterapia pela Universidade de São Paulo. Em 1963, a Fisioterapia se tornou curso superior, mas a atuação dos fisioterapeutas ainda era subordinada aos médicos.