Central dos Sindicatos Brasileiros

Números não batem e proposta da RGA será rediscutida na AL

Números não batem e proposta da RGA será rediscutida na AL

Presidente da Assembleia prevê que negociações não terminem na próximas horas

“Os números não batem”. É o que conta o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), após horas de negociações com o governo do Estado e Fórum Sindical para avançar na proposta da Reposição Geral Anual (RGA) para os servidores públicos em greve desde o dia 31 de maio.

O projeto de Lei do Executivo, que trata da RGA, concede 6%, os servidores pedem 11,28% e os deputados estaduais apresentaram uma proposta de 8% ao governador Pedro Taques (PSDB), na noite desta terça-feira (22).

Guilherme Maluf revelou hoje cedo, após entrar madrugada na negociação, que os números não batem e que novas reuniões acontecerão ao longo do dia. Às 14h, ele volta a se reunir com os representantes do Fórum Sindical.

O parlamentar acredita que as negociações possam demorar mais alguns dias. Ele não mostrou otimismo com o fim do impasse nas próximas horas. Particularmente, Maluf deve se afastar do processo de ser interlocutor entre a Assembleia e governo.

O projeto propôs parcelar os 6% em três vezes iguais, sendo a primeira em setembro de 2016, a segunda em janeiro e março de 2017. Com a nova proposta encaminhada pelo Legislativo, ontem à noite, uma quarta parcelar seria paga em abril de 2017, o que implicaria na conversão da retroatividade inflacionária.

Por outro lado, o governo reafirma que pode pagar toda a RGA tão logo alcance o patamar de 49% da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Atualmente, o Executivo ultrapassa este limite com o pagamento de pessoal.

Medidas de reajuste fiscal e reforma administrativa estão sendo adotadas pelo governo para atingir o limite legal da LRF.

Antes, contudo, o governo oficializa até às 13h uma resposta formal da RGA e que será apresentada ao Fórum Sindical. Segundo Maluf, dependendo da proposta, o projeto poderá ser retirado para as devidas adequações.

Fonte: RepórterMT