Central dos Sindicatos Brasileiros

CSB refuta negociação sobre reformas trabalhista e previdenciária

CSB refuta negociação sobre reformas trabalhista e previdenciária

Segundo a Central dos Sindicatos Brasileiros, declaração feita pelo ministro Nelson Barbosa na última terça-feira é ilegítima

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) divulgou, nesta quarta-feira (23), nota em que nega a existência de negociação sobre possíveis reformas trabalhistas e previdenciárias para 2016. Em declaração à imprensa no dia 22 de dezembro, o novo ministro da pasta, Nelson Babosa, afirmou que a pauta tem sido discutida junto ao movimento sindical no Fórum Nacional de Previdência e Trabalho.

De acordo com a Entidade, “o ministro está mal informado ou mal-intencionado”, pois não há por parte das centrais sindicais, sobretudo da CSB, qualquer possibilidade de negociação de nenhuma restrição nos direitos dos trabalhadores. “O governo tem muita gordura para queimar diminuindo a drenagem de recursos públicos para o rentismo, baixando os juros e promovendo a política econômica desenvolvimentista que foi prometida e escolhida pelo povo brasileiro na última eleição”, ressalta a Central.

Leia a nota na íntegra abaixo:

Nova equipe, velhos e inconsequentes erros!

Em teleconferência com jornalistas e especuladores estrangeiros, o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, especulou a possibilidade de supostas reformas trabalhistas e previdenciárias para o ano de 2016, afirmando, segundo a imprensa, que o tema está em discussão avançada com as centrais sindicais no Fórum Nacional de Previdência e Trabalho.

Lamentamos, mas o ministro está mal informado ou mal-intencionado, pois não há por parte das centrais sindicais, sobretudo da CSB, qualquer possibilidade de negociarmos ou aceitarmos absolutamente nenhuma restrição nos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.

Primeiro, porque não existe necessidade. Segundo, porque é um erro, basta ver as MPs 664 e 665, que cortaram direitos e aumentaram a indignação do povo com o governo.

Terceiro, porque lutamos pela ampliação dos direitos trabalhistas e pela manutenção do Fator 89/95, recentemente aprovado pelo Congresso Nacional em negociação com as centrais e o governo.

Quarto, porque o governo tem muita gordura para queimar diminuindo a drenagem de recursos públicos para o rentismo, baixando os juros e promovendo a política econômica desenvolvimentista que foi prometida e escolhida pelo povo brasileiro na última eleição.

Alertamos o governo e a sua nova equipe econômica que é necessário mudar o rumo, abrir mão de velhos hábitos e buscar a credibilidade do povo e dos trabalhadores, e não mais do sistema financeiro internacional, que tem sugado o fruto do nosso trabalho, trazido desemprego e, ao mesmo tempo, jogado o governo num fosso de rejeição.

Central dos Sindicatos Brasileiros