Central dos Sindicatos Brasileiros

9 de Setembro: Dia do Administrador

9 de Setembro: Dia do Administrador

CSB homenageia a categoria que ajuda a desenvolver a economia do Brasil

Hoje é o dia dos profissionais responsáveis por administrar os recursos financeiros, físicos, tecnológicos e humanos de uma empresa. Os administradores celebram nessa data os 49 anos da regulamentação da profissão pela Lei 4.769/1965. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 1,5 milhão de administradores titulados e 320 mil que possuem registro no Conselho Federal de Administração (CFA), de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Além disso, 18% dos universitários brasileiros optam pela carreira, segundo o Guia do Estudante.

Segundo Itamar Kunert, secretário-geral da Federação Brasileira dos Administradores e diretor da CSB, o administrador é uma espécie de coringa no mundo dos negócios – profissional requisitado pela maioria das empresas, públicas ou privadas, para atuar nas mais diversas áreas. “Nenhuma instituição funciona sem um administrador. A função é imprescindível, já que ele é responsável por criar meios para que uma empresa atinja os objetivos propostos. Qualquer instituição que busque crescimento saudável precisa de um bom administrador na gestão”, explicou.

Para João Alberto Araújo Fernandes, presidente do Sindicato dos Administradores no Rio Grande do Sul (Sindaergs),  a categoria é formada por profissionais com  perfil empreendedor, com visão sistêmica e poder de persuasão. “Nós trabalhamos com medidas que facilitam a tomada de decisões empresariais. Para ser um bom administrador, é necessário saber identificar dados, convertê-los em informações para utilizá-las no processo decisório empresarial e avaliar os resultados. O bom profissional também precisa ser sociável e motivador, além de ter sensibilidade para gerenciar pessoas. Administração não lida só com números, mas com capital humano”, avalia.

O presidente da CSB e administrador, Antonio Neto, ressalta que os administradores têm outra forma de encarar o mundo. “Eles lutam para criar a riqueza que ainda não temos. Esses profissionais são fundamentais para o crescimento econômico de uma nação. Os países que mais crescem no mundo são os que possuem administradores em cargos públicos. Um dos maiores problemas do desenvolvimento do Brasil era que não tínhamos administradores na gestão pública. Hoje, o nosso crescimento é maior devido à participação desta categoria no governo”, disse.

Campo de trabalho

A carreira de administração apresenta uma peculiaridade em relação às demais profissões: assim como as relações econômicas, ela é dinâmica e constantemente agrega novos campos de atuação ao seu escopo, o que dá maior flexibilidade ao currículo.

O profissional, além de poder atuar em administração financeira e material, pode operar nas áreas de recursos humanos, organização e métodos de trabalho, comércio exterior e logística, cooperativismo, perícia judicial e recuperação de empresas. “A área de atuação do administrador tem se ampliado com os anos justamente pela versatilidade do profissional. No entanto, existem profissionais demais com pouca qualificação. Por isso, só os bem preparados conseguem emprego. As contratações são inferiores às necessidades do mercado. Os jovens profissionais precisam investir em boas universidades e em cursos de especialização reconhecidos pelo MEC. Nós, dos sindicatos, estamos fiscalizando junto com o governo a qualidade  das universidades”, afirma Aloísio Merlin, presidente do Sindicato dos Administradores do Estado do Paraná (Sinaep).

Reivindicações

A principal reivindicação da categoria é a criação de piso salarial nacional. A proposta do Conselho Federal de Administração enviada para os deputados, em 2012, estabelece que o piso para  administradores no início de carreira seja de R$ 2 .742, 48.  Na opinião do secretário-geral da Federação Brasileira dos Administradores, Itamar Kunert, se o Projeto for aprovado, a proposta representará uma grande conquista para  os trabalhadores. “É uma reivindicação antiga que fazemos. Se o profissional for bem remunerado, ficará mais motivado e, com isso, fará um trabalho de qualidade. Este valor é muito importante para o administrador se basear e utilizar como parâmetro para não aceitar receber menos do que o mínimo garantido por lei na sua profissão. A proposta retoma nossa autoestima e garante o bom profissional”, disse.

Alguns estados já possuem um piso estadual para a categoria. “O ofício de administrar exige profissionais tecnicamente capacitados e atualizados, o que justifica uma remuneração mínima digna em função da responsabilidade e da complexidade do trabalho”, argumenta Antonio Neto, presidente da Central.

A CSB parabeniza  os administradores do Brasil e também apoia todas as lutas da categoria.